Um ano após a devastadora enchente que atingiu a região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, as famílias que perderam suas casas ainda não receberam moradias definitivas. A tragédia, que ocorreu em 4 de setembro de 2023, resultou em 54 mortes e deixou a região em um estado de alerta climático, que se repetiu com novas enchentes em 2024.
Impacto das Enchentes e Promessas Não Cumpridas
A cheia histórica elevou o nível do rio Taquari a 29 metros, 10 metros acima da cota de inundação, devastando a infraestrutura local e causando a destruição de casas e pontes essenciais. Apesar do anúncio de ajuda inicial de R$ 741 milhões pelo governo federal, incluindo R$ 195 milhões para moradia, até agora nenhuma casa definitiva foi entregue.
Desafios na Reconstrução e Burocracia
O vice-governador do estado, Gabriel Souza, destacou que as obras de reconstrução ainda não começaram devido a entraves burocráticos entre o governo federal e os municípios. Enquanto isso, a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul não respondeu às solicitações de informações sobre o andamento das obras.
Preparação de Terrenos e Expectativas Futuras
O secretário de habitação do Rio Grande do Sul, Carlos Gomes, afirmou que muitos terrenos ainda precisam de obras de infraestrutura, como terraplanagem e saneamento. Algumas áreas já foram preparadas para construção, mas outras exigem um trabalho mais extenso. A previsão é que a entrega de moradias ocorra em diferentes etapas, dependendo da finalização dos terrenos.
Compromisso do Governo e Riscos Climáticos
O governo estadual se comprometeu a entregar pelo menos 200 unidades habitacionais definitivas ainda este ano. Contudo, fatores climáticos, como chuvas, continuam a representar riscos para o início das obras e a segurança dos terrenos.
A situação no Vale do Taquari permanece crítica, e as comunidades locais continuam a lutar por respostas e soluções para a reconstrução de suas vidas.
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