🦠 Terceiro Caso Confirmado Dispara Alerta Sanitário
A Secretaria Municipal de Saúde de Primavera do Leste, em Mato Grosso, confirmou nesta semana o terceiro caso de sarampo no município. O novo diagnóstico eleva o nível de preocupação das autoridades sanitárias, que já haviam registrado dois casos anteriormente — um importado e outro autóctone (transmissão local). Com isso, a cidade entra em estado de vigilância reforçada, com equipes de saúde mobilizadas para conter a possível disseminação do vírus altamente contagioso.
“Estamos em alerta máximo. O sarampo é uma doença extremamente transmissível e pode evoluir para complicações graves, especialmente em crianças e adultos não vacinados”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Dra. Jéssica Almeida.
Diante do risco iminente de surto, a prefeitura lançou uma campanha emergencial de vacinação, com foco em atualizar a caderneta de imunização da população. Unidades de saúde estão abertas em horário estendido e equipes volantes percorrem bairros com baixa cobertura vacinal. A meta é atingir, o mais rápido possível, o índice de 95% de imunização — patamar considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar surtos.
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“Não espere aparecer sintomas. Vacine-se agora. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, caxumba e rubéola e está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde”, reforçou o coordenador de Imunizações do município, Enfermeiro Marcos Vinícius.
A campanha prioriza crianças de 6 meses a menores de 5 anos, que devem receber uma dose extra da vacina (dose zero), além da rotina estabelecida pelo Calendário Nacional de Vacinação. Também são alvo jovens de 15 a 29 anos, faixa etária com historicamente baixas taxas de imunização no Brasil. Adultos com até 49 anos devem ter, no mínimo, duas doses da vacina ao longo da vida.
“Muitos jovens acham que sarampo é coisa do passado. Mas os dados mostram o contrário: estamos vivendo um retrocesso por causa da queda nas coberturas vacinais nos últimos anos”, alertou a pediatra Dra. Carla Mendes, que atua na rede pública municipal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra o sarampo em Primavera do Leste está abaixo da meta recomendada: apenas 82% das crianças menores de 1 ano receberam as duas doses necessárias. Esse cenário é reflexo de uma tendência nacional, onde campanhas antivacina e desinformação contribuíram para o ressurgimento de doenças já controladas.
“Estamos colhendo os frutos de anos de negligência. Se não agirmos agora, corremos o risco de voltar a viver epidemias que achávamos superadas”, lamentou o epidemiologista Dr. Rogério Silva, consultor da Vigilância Epidemiológica do estado.
O sarampo se manifesta com febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham pelo corpo. A transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias, e uma pessoa infectada pode contaminar até 18 indivíduos não imunizados.
A Secretaria de Saúde orienta que, ao apresentar sintomas, a população evite locais públicos e procure imediatamente uma unidade de saúde, informando o histórico vacinal. O diagnóstico precoce e o isolamento do paciente são essenciais para conter a cadeia de transmissão.
“Se você ou seu filho tiver febre e manchas vermelhas, não vá à escola, ao trabalho ou ao shopping. Ligue para a unidade mais próxima e siga as orientações médicas”, orientou a enfermeira chefe da Vigilância em Saúde, Luciana Ferreira.
A prefeitura de Primavera do Leste está em constante articulação com a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso para monitorar casos suspeitos e garantir o abastecimento de vacinas. Barreiras sanitárias também estão sendo reforçadas em postos de saúde, escolas e terminais de transporte coletivo, com distribuição de folhetos informativos e afixação de cartazes sobre os sinais do sarampo.
“Estamos trabalhando de forma integrada com o estado e os municípios vizinhos. A saúde não tem fronteiras, e o sarampo pode se espalhar rapidamente se não tivermos uma resposta coordenada”, destacou o prefeito Leonardo Bortolin.
Diante do cenário crítico, as autoridades fazem um apelo direto à população: compareça aos postos de saúde e atualize sua caderneta de vacinação. A imunização não protege apenas o indivíduo, mas toda a comunidade — especialmente aqueles que, por motivos médicos, não podem ser vacinados.
“Vacinar é um ato de amor e responsabilidade. Não deixe que o sarampo volte a circular livremente na nossa cidade”, conclamou a secretária Dra. Jéssica Almeida.

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