No episódio do Podcast PodJuris, apresentando por Nayara Lorayne intitulado "O Papel do CREAS na Rede de Enfrentamento", Bruna Bonato compartilha sua experiência profissional e discute a importância do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) no enfrentamento à violência doméstica e familiar. A entrevista traz reflexões valiosas sobre os desafios enfrentados pelos profissionais da área, a necessidade de articulação em rede e o impacto do trabalho humanizado no apoio às vítimas.

 O CREAS e sua Função no Enfrentamento à Violência

Bruna Bonato destaca que o CREAS é uma peça-chave na rede de enfrentamento à violência, sendo responsável por oferecer acolhimento e suporte especializado a pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre os principais grupos atendidos estão mulheres, crianças e adolescentes, idosos e pessoas em situação de rua. Segundo ela, o trabalho do CREAS vai além do atendimento individual, promovendo também a articulação com outras instituições para garantir que as vítimas recebam o suporte necessário.

"O CREAS é um espaço de acolhimento onde as pessoas encontram apoio e orientação para superar situações de violência e vulnerabilidade", afirma Bruna.

Ela explica que o atendimento realizado pelo CREAS é complexo e exige sensibilidade por parte dos profissionais, que precisam lidar com traumas psicológicos e emocionais das vítimas. Embora o CREAS não ofereça terapia diretamente, é responsável por encaminhar os atendidos para serviços especializados, além de prestar suporte emocional durante o processo.

 Desafios no Atendimento e a Importância da Rede

Um dos pontos centrais abordados por Bruna é a sobrecarga enfrentada pelos profissionais do CREAS. Ela menciona que, muitas vezes, a alta demanda e a gravidade dos casos dificultam a criação de vínculos mais profundos com as vítimas. Ainda assim, o trabalho em rede é essencial para garantir que os atendidos tenham acesso a todos os serviços necessários, como saúde, segurança e assistência jurídica.

"O trabalho em rede é o que fortalece o enfrentamento à violência. Nenhuma instituição consegue atuar sozinha, e o CREAS é um ponto de articulação fundamental", ressalta Bruna.

Ela também destaca a importância da capacitação contínua dos profissionais que atuam no CREAS, enfatizando que o olhar humano e a empatia são indispensáveis para o sucesso do atendimento.

 Apoio a Mulheres em Situação de Violência

Um dos focos do trabalho do CREAS, segundo Bruna, é o atendimento a mulheres em situação de violência doméstica. Ela explica que o centro facilita o acesso a programas de ajuda e incentiva a denúncia dos abusos, promovendo a autonomia e o empoderamento das vítimas.

"Nosso papel é mostrar para essas mulheres que elas não estão sozinhas e que existem caminhos para sair da situação de violência," afirma Bruna.

Além disso, ela reforça que o CREAS trabalha para garantir que as mulheres tenham acesso a serviços como abrigos, atendimento psicológico e jurídico, sempre respeitando suas decisões e tempo.

 O Olhar Humano no Trabalho do CREAS

Ao longo da entrevista, Bruna enfatiza a importância de um olhar humanizado no trabalho do CREAS. Para ela, cada caso atendido é único e exige uma abordagem personalizada. Esse cuidado é fundamental para que as vítimas se sintam acolhidas e confiantes no processo de superação.

"O que fazemos no CREAS vai além de assistência social. É sobre transformar vidas e garantir que as pessoas tenham seus direitos respeitados," conclui Bruna.

 Conclusão

O papel do CREAS na rede de enfrentamento à violência é indispensável. Como destacou Bruna Bonato, o trabalho realizado pelos profissionais do centro é essencial para garantir o acolhimento, a proteção e a reconstrução de vidas. Apesar dos desafios, a atuação em rede e o olhar humanizado fazem toda a diferença no processo de superação das vítimas.

Se você quer saber mais sobre o trabalho do CREAS ou precisa de apoio, procure o centro mais próximo da sua região. A rede de assistência social está pronta para ajudar!

Assista abaixo o episódio completo do Podcast PVA Entrevista com Bruna Bonato.