O juiz Ricardo Garcia Maziero, de Porto Esperidião, converteu as prisões em flagrante de Rosivaldo Silva Nascimento, Lucas dos Santos Justiniano, Maikon Douglas Gonçalves Roda e Ana Cláudia Costa em prisão preventiva. Eles são acusados de estarem envolvidos na morte das irmãs Rayane Alves, 28, e Rithiele Alves, 25. Além disso, cinco adolescentes foram apreendidos e estão sob medida socioeducativa de internação por 45 dias.
As duas irmãs foram sequestradas, torturadas e mortas por membros de uma facção criminosa na madrugada de sábado (14/9) em Porto Esperidião (107 Km de Cáceres-MT) . Rayane era candidata a vereadora no município nas eleições desse ano e gerenciava um circo junto com sua irmã.
A motivação do crime, segundo depoimento de uma testemunha, estaria relacionada a uma fotografia tirada pelas vítimas, que simbolizava um número associado a uma facção rival
Um dos líderes do Comando Vermelho (CV-MT), atualmente preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), teria ordenado a execução das jovens após elas supostamente fazerem um gesto alusivo ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminoso, conhecido pelo apelido de "Véio", assistiu às execuções via chamada de vídeo.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) isolou o detento e iniciou um procedimento administrativo para investigar o uso de celulares dentro da PCE. Rayane, que era candidata a vereadora pelo partido Republicanos, foi forçada a ligar para o candidato a prefeito de Porto Esperidião, Herculis Albertini (PSD), pedindo ajuda financeira para sua libertação.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos no crime, que já resultou na prisão de dez pessoas, incluindo quatro menores. Os adultos enfrentam acusações de sequestro, cárcere privado, tortura, duplo homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Os adolescentes responderão por atos infracionais análogos aos mesmos crimes.
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