Nesta quarta-feira, 4 de setembro, uma grande operação coordenada pela Polícia Federal e pela Receita Federal foi deflagrada em Mato Grosso, visando desmantelar uma rede criminosa dedicada à importação e distribuição ilegal de cigarros eletrônicos e acessórios. Ao todo, 35 mandados foram cumpridos em quatro estados, incluindo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Goiás.
As investigações revelaram que o grupo se beneficiava financeiramente da revenda desses produtos, cuja importação e comercialização são proibidas no Brasil. A Justiça Federal de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, emitiu as ordens judiciais, que incluem 33 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de sequestro de bens imóveis e o bloqueio de ativos totalizando cerca de R$ 6,4 milhões.
Os alvos da operação foram identificados em diversas cidades, como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso, além de Campo Grande (MS), Redenção e Xinguara (PA) e Goiânia (GO). Durante a ação, duas pessoas foram presas em flagrante em Rondonópolis, uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo.
Os envolvidos enfrentam acusações de crimes como contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.
Mecanismo de Distribuição
Segundo a Receita Federal, o esquema operava com veículos diversos para o transporte rodoviário dos cigarros eletrônicos e outros produtos ilícitos, que eram trazidos do Paraguai até Rondonópolis, utilizado como um 'entreposto' para a distribuição em outros estados. Os produtos eram vendidos tanto em lojas físicas quanto em plataformas virtuais, com entregas realizadas por motoboys e veículos pequenos.
Nos últimos dois anos, as autoridades já haviam interceptado várias remessas de produtos contrabandeados pertencentes ao grupo, que foram apreendidos e encaminhados para a Receita Federal para os devidos procedimentos fiscais.
A operação, batizada de "Relutância", reflete a persistência do grupo em manter suas atividades ilegais, mesmo após diversas ações de repressão e fiscalização. As investigações indicam que os suspeitos têm mudado suas táticas, mas continuam a lucrar com o comércio proibido.
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