O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes em contratos de aluguel, registrou uma alta de 0,29% em agosto. Essa elevação, embora positiva, representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice avançou 0,61%.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os dados nesta quinta-feira (29). Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumula um crescimento de 4,26% e, desde janeiro de 2024, a alta é de 2%.
Em agosto do ano passado, o cenário era bem diferente, com o IGP-M apresentando uma deflação de 0,14%, ou seja, inflação negativa. Naquela época, o índice acumulava uma queda de 7,2% nos 12 meses anteriores.
Calculado pela FGV, o IGP-M tem como objetivo medir a inflação, mas sua metodologia difere do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial da inflação no Brasil, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar disso, o IGP-M é amplamente utilizado em negociações, sendo uma escolha comum para o reajuste anual de contratos de moradia, o que lhe confere o título de "inflação do aluguel". Também é frequentemente usado como indexador em contratos de serviços como energia elétrica, telefonia, educação e planos de saúde.
O IGP-M é composto por três componentes principais: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos custos no atacado; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avalia a cesta de consumo das famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Desempenho dos Índices
Todos os três índices que compõem o IGP-M apresentaram desaceleração entre julho e agosto. O IPA subiu 0,29%, abaixo do aumento de 0,68% registrado no mês anterior. Essa redução no ritmo de crescimento foi influenciada pelos preços das commodities, como minério de ferro, farelo de soja e feijão.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma variação de 0,09% em agosto, recuando em comparação à taxa de 0,30% observada em julho. Das oito classes de despesa que compõem o IPC, seis apresentaram desaceleração, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que viu sua taxa de variação cair de 2,00% para 0,48%.
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